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quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Modismos alimentares

     Boa tarde a todos e feliz 2012! Apesar de janeiro já se aproximar do fim e de 2013 estar cada vez mais próximo (sim, agora só faltam 348 dias para chegarmos lá), este será o primeiro post do ano. Informo a vocês que continuo a mesma, com as ideias sempre a mil que se movimentam sob cabelos cada vez mais ruivos.
     Desde 2011 vinha pensando em escrever sobre modismos alimentares, inspirada, talvez, pelas receitas postadas no Double Dose (grupo do qual participo no Facebook). No meio do caminho apareceu um pato que pensava que era cisne e essa ideia foi para debaixo da pilha. Agora que começou um novo ano, uma das promessas sempre inclui tirar do papel o que ficou pendente no ano anterior (apenas um adendo: eu não faço promessas de Ano Novo!), e é isso que eu faço agora, nesse post.
     Que a gastronomia também se desenvolve através de tendências, assim como a moda, todo mundo sabe. Pensemos em que tipos de produtos alimentícios são vendidos nas praças de alimentação e nas “ilhas” dos shoppings hoje e que não o eram há dez anos. Muitos, não?
     Passei minha infância em uma cidade onde esse tipo de novidade chega sempre com atraso, quando já não é mais novidade em cidades maiores. Mas, desde 1999, quando vim para o Rio, observo que foi e o que é moda na hora das refeições e dos lanchinhos informais. Alguns vieram para ficar; outros, quando a moda passar, já terão ido tarde!
     No primeiro grupo eu incluiria dois itens: pão de queijo, com várias lojas que viraram franquias, normalmente oferecendo o produto acompanhado por mate; e empadas, oferecidas em diversos sabores em lojas especializadas.
     Foi por causa da moda do mate com pão de queijo que esse último invadiu os supermercados a preços acessíveis, facilitando nossas vidas, uma vez que a massa do delicioso pãozinho é bem difícil de fazer.
     Quanto às empadas... Bem, para mim, elas mereceriam um texto à parte! Quem me conhece bem sabe que sou fã desse salgado desde sempre! Agora, poder escolher entre mais de 10, às vezes mais de 20 sabores de recheios para minha massa preferida, definitivamente, é algo que eu nunca vou querer que acabe (embora muitas lojas das franquias que se abriram em torno desse produto já tenham fechado suas portas).
     Em anos mais recentes, merecem destaque quatro iguarias que dividem bastante meu gosto.
Os cones, ou temakis, não me empolgam muito. Experimentei um sabor Califórnia, de manga com kani e cream cheese, há uns dois anos, quando os enroladinhos em folha de alga estavam no auge de sua popularidade. Até achei gostoso, mas, só em saber que maioria deles é feita com peixe, dificilmente serei vista comprando nas lojas especializadas (aliás, muitas já fecharam também).
     Uma moda alimentar que eu costumo chamar carinhosamente de “maldição” é a dos sorvetes de iogurte. Eu não gostar daquilo é estranho até para mim, uma vez que adoro tanto sorvete quanto iogurte, mas, não dá! Tentei várias vezes, culpei os toppings (sim, os acompanhamentos têm um nome próprio para esse produto), experimentei variações e nada feito! Para mim, os famosos frozen yogurts lembram uma infame piada de dois portugueses assaltando um banco, impossível de ser reproduzida nesse espaço. Mas, como meus gostos não determinam o aquecimento do mercado, as lojas daquela coisa horrorosa continuam pipocando por aí, e tem gente que adora (é claro, se não tivesse, não teria virado moda, errr...).
     Os cupcakes nos shoppings parecem ter os dias contados. Eu disse NOS SHOPPINGS, porque nas festas eles continuam com sucesso absoluto. Os bolinhos são realmente muito práticos e bonitos. Quando bem feitos, são gostosos também.
     Já os brigadeiros, que começaram a mostrar timidamente, em festas, outras formas de serem servidos, como alternativas ao tradicional docinho enrolado em chocolate granulado e servido na forminha de papel, estão com tudo! As chamadas “brigaderias” demoraram para chegar ao Rio, de onde escrevo, mas sei que em São Paulo já são antigas (sim, esqueci de dizer que a vanguarda dos modismos alimentares encontra-se lá). Brigadeiros de colher, na embalagem de papinha de neném (algumas vêm com uma colherzinha), na bisnaga de pomada, em caixinhas especiais... Irresistíveis, com certeza!
     E vamos, assim, nos preparando para novas tendências que virão por aí, degustando as que já estão e passando longe das que não nos agradam, afinal, não somos escravos da moda, certo?