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quinta-feira, 8 de março de 2012

Dia Internacional da Mulher

Bom dia a todos e, hoje, em especial, a TODAS. Sim, porque é Dia Internacional da Mulher e acho que a data merece ser comemorada.
Como nem tudo são flores, nem tudo é festa, resolvi escrever aqui algumas observações sobre nosso fantástico gênero.
Tudo começou na terça-feira, dia 6 de março, quando o consultor político e compositor (segundo a identificação que constava na página) João Santana publicou, em coluna na Folha de S. Paulo, texto no qual afirmava que a Amélia da composição de Mário Lago era uma injustiçada. Em sua defesa, utilizou argumentos que me assustaram, embora eu saiba que não é o único a pensar assim, mesmo nos dias de hoje. Ao transcrever e comentar trechos da famosa canção, chegou ao cúmulo de dizer que é “feminista” e “poético” passar fome ao lado do marido e seduzi-lo para esquecer a necessidade na cama! Certamente, o autor do texto sempre deve ter tido comida na mesa para escrever um absurdo desses! E mais: “fazer amor” para saciar a fome é algo que só existe na cabeça de poetas desavisados! Não vou nem entrar no mérito do gasto de calorias em tal atividade, o que, no mundo real, costuma dar mais fome, mas, e os filhos que depois serão colocados no mundo quando o casal não tem estrutura nem para si? Os resultados são bem atuais e estão, na melhor das hipóteses, espalhados por sinais de trânsito das cidades... Não, senhor colunista, passar necessidade não é bonito nem em linguagem poética!
O colunista opôs a mulher que vive para satisfazer os desejos do marido àquela que vive para gastar o dinheiro dele. Está certo que o tempo em que canção foi composta era outro, mas, se alguém desenterrou isso a 48 horas do Dia Internacional da Mulher, é bom lembrar que, hoje, a mulher não precisa viver para gastar o dinheiro do marido, porque, à custa de muita luta, ela conquistou espaço para ganhar o seu próprio dinheiro e, sim, fazer o que quiser com ele.
Hoje pensei muito nas mulheres que me cercam. Todas, de alguma forma, são exemplos, nem que seja daquilo que eu nunca quero ser na minha vida!  E se tivesse que, hoje, nesse dia 8 de março de 2012, escrever me dirigindo a alguém em especial, escolheria minhas duas irmãs adolescentes, de 12 e 15 anos, e diria para elas:
- Cuidem-se. Estudem, tornem-se profissionais competentes e invistam sempre em vocês. Cuidem da saúde e da aparência. Não precisam ser escravas da moda ou andar parecendo bonecas, mas desleixo não é bom para ninguém e, principalmente, é péssimo para a própria pessoa.
- Ousem. Usem o que tiverem vontade de usar, cortem o cabelo como quiserem cortar, escolham a carreira que sentirem vontade de seguir. Vou contar para vocês uma história: aos 17 anos, quando estava para entrar na faculdade, resolvi cortar meu cabelo curtinho e passei 2 anos com esse corte. Bem, aquelas pessoas que são exemplos do que eu nunca quero ser na minha vida diziam que cabelo curto é para homem, que mulher tem que ter cabelo longo, que eu gostava de ser feia, etc... Agora, pessoas interessantes diziam que eu passava a imagem de uma mulher independente, que era muito feminina (palavras de um desconhecido com o qual esbarrei 3 vezes!)... Acho que, pelo que meus leitores conhecem de mim, nem preciso dizer que preferi os segundos, não é?
- Não sejam “pedaços de carne”. Vocês podem ser as “gostosonas do pedaço”, mas, sem conteúdo, nada resiste muito tempo. Informação, maturidade, saber conversar e se relacionar são atributos muito mais importantes do que um corpo bonito;
- Olhem por cima, sempre! Quando alguma mulher se meter sem ser chamada na vida de vocês, prestem atenção: ou é uma tremenda frustrada que tem inveja do sucesso de vocês, mas não admite isso nem para ela mesma; ou é uma idiota que teme pelo que o homem dela pode querer com vocês; ou é as duas coisas! Enfrentem e façam por onde ser maiores que essas tralhas que só servem para levar os outros para o buraco de onde elas nunca deveriam ter saído!
E, por fim, lembro a todAs que o nosso dia deve ser todo dia, o dia de mostrar ao mundo nosso valor e nossas qualidades! Somos fortes, guerreiras, lutadoras e sonhadoras. Antes de sermos mães, avós, filhas, esposas, namoradas, amantes e amigas, somos mulheres e isso é o que nos une.
E lembro a todOs: cuidem bem das mulheres das suas vidas. Valorizem, deem carinho, mimem, ouçam. Se vocês não fizerem isso, lembrem-se: o mundo tem 7 bilhões de habitantes e, entre eles, certamente deve existir um disposto a fazer o que vocês não fazem e, quando vocês perceberem, poderá ser tarde demais.

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