Olá,
queridos leitores! Faz tempo que não posto nada aqui, não? Para falar a
verdade, até quis escrever mais nesses últimos meses, tive boas ideias que se
perderam devido à falta de tempo para transformá-las em texto.
Minha
recente passagem pela cidade na qual passei a infância, Cachoeiro de
Itapemirim, no ES, trouxe a inspiração necessária para esse texto. Aliás, minha
terra adotiva (nasci no RJ) é tudo para mim, minha fonte, meu berço, meu piso e
minha base. Sempre que vou até lá, só volto trazendo coisas boas na mala.
Há,
em Cachoeiro, uma tradicional escola de Ensino Médio, chamada Guimarães Rosa. Por
lá passaram diversos conhecidos e familiares meus, desde que me entendo por
gente. Essa escola funciona em um antigo prédio de dois pavimentos, que era,
desde que eu me lembrava, pintado de cor-de-rosa. Seus estudantes também sempre
usaram uniformes em que a calça/bermuda é verde e a blusa rosa (sim, é isso
mesmo: “me leva que eu vou, sonho meu, atrás da verde-e-rosa só não vai quem já
morreu!”), até os dias atuais.
Bem,
durante os últimos cinco anos em que morei na cidade, minha casa era perto do
prédio da escola, no qual também funciona a Loja Maçônica Fraternidade e Luz.
Na minha casa há livros de Guimarães Rosa, então, eu sabia que o nome da escola
era uma homenagem ao famoso escritor. Porém, houve um dia, não me lembro se em
1996 ou 97, em que, ao passar em frente ao prédio, encontrei uma novidade que
provocou um choque nas minhas ideias: ele havia sido pintado de azul!
Imaginem
a cena: a escola tem “Rosa” no nome, na cor do uniforme e também tinha, até então,
na cor do prédio. Era impossível não associar o “Rosa” do nome às cores! Aí,
foram lá e pintaram o prédio de azul, cor que permanece até hoje. A primeira
coisa que passava na cabeça de quem via, mesmo sabendo quem havia sido
Guimarães Rosa, era que a escola tinha virado “Guimarães Azul”!
Eu
lembrava disso durante conversa com dois primos que estudaram lá, dizendo que
era associação lógica de criança, mas, pasmem, eles me disseram que, até hoje,
ainda sonham ver o prédio pintado de rosa novamente (e eles já o conheceram
azul, pois estudaram lá entre 2006 e 2008). Então, só posso concluir que não
foram só as crianças que se surpreenderam e fizeram o trocadilho da cor com o
nome. Enquanto isso, continua tudo azul para os alunos do Guimarães Rosa. Ou
seria tudo rosa para os alunos do Guimarães Azul?
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