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sexta-feira, 1 de julho de 2011

Imagem e animação


Bom dia a todos!
No primeiro dia de julho, venho até aqui para escrever mais um post e lembrar que o blog não está abandonado, o que tem faltado é tempo para atualizá-lo.
Durante a semana que passou, uma discussão sobre cinema iniciada no mural da Fernanda, minha mais fiel leitora, no Facebook, me trouxe a idéia para esse post.
Tudo começou com a notícia de que Haley Joel Osment (“I see dead people. I see them all the time. They’re everywhere” – eu sei que vcs lembram!), depois de tantos anos lembrado apenas como “o garoto que fez “O sexto sentido”, vai fazer o papel de Frankenstein. Depois dos primeiros comentários ironizando a aparência do jovem ator, a discussão evoluiu para outros temas cinematográficos e logo chegou àquele gênero que todo mundo adora, embora nem sempre tenha coragem de admitir: animação.
As pessoas que participavam da discussão têm a mesma faixa etária, logo, fazem parte da turma que assistiu “O Rei Leão” no cinema e chorou quando o pai do Simba morreu. “O Rei Leão” foi, sim, um grande sucesso, e é um grande filme. Contudo, não é o meu preferido entre os clássicos Disney da década de 90.
Entre produções belíssimas como “A Pequena Sereia”, “Aladdin”, “Pocahontas”, “Mulan” (esse ainda deve render outro post, mas esperem o momento certo), “101 Dálmatas”, “Tarzan” e outros, meu preferido é “A Bela e a Fera”. E, o que é mais interessante, só percebi isso depois de adulta.
O que mais me encanta nessa produção, além, é claro, da profundidade de sentimentos representados na tela (comum aos outros clássicos), das belíssimas canções e das imagens encantadoras, é a composição da personagem Bela.
No início do filme, quando ela ainda está na sua pequena cidade, chama a atenção das pessoas por ser inteligente, estudiosa, interessada em leitura e viagens. A maioria a vê com maus olhos, visto que esse é um comportamento transgressor para o lugar, onde as moças devem aprender a cozinhar, costurar e ser boas para conseguirem bons maridos, ter muitos filhinhos bonzinhos e levarem suas vidas pacatas de mulheres interioranas. Apontam-na como esquisita, chamam seu pai de maluco, e a única pessoa que a compreende é o livreiro, que dá asas às suas ideias. Quando sua canção-tema é apresentada, entremeada com as falas dos personagens da pequena cidade, há dois trechos que são bem ilustrativos. Um deles diz:

“Esta garota é muito esquisita
o que será que há com ela?
Sonhadora criatura
tem mania de leitura...
É um enigma para nós
a nossa Bela...”

Em outro, cantam assim:

“O nome dela quer dizer beleza
não há melhor nome para ela.
Mas por trás desta fachada
ela é muito fechada
Ela é metida a inteligente...
Não se parece com a gente...
Se há uma moça diferente é Bela!”



Eu também já vivi em cidade pequena e sei bem como é isso, e mesmo em lugares maiores, pessoas que se dedicam regularmente ao conhecimento e à cultura não são muito bem vistas, sobretudo no país onde eu vivo.
Por isso, sempre que tenho a oportunidade de assistir “A Bela e a Fera”, largo tudo e assisto. Na tela, mais do que uma simples animação, consigo enxergar um pouco da minha imagem.

P.S. Fiquei tão animada com esse post que devo escrever mais sobre animações em breve. Dedico esse de hj aos amigos da Fernanda, que tanto me divertem no Facebook, e a todos aqueles que amam os clássicos da Disney e ainda choram quando vêem a morte do pai do Simba, ou a da mãe do Bambi.

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