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sexta-feira, 27 de maio de 2011

Alguém me disse


Boa tarde a todos!
Até que o espaço entre a última postagem e essa de hoje não foi tão grande. Acredito que, com um pouco de inspiração, consigo fechar maio com mais posts do que abril.
Todos devem estar acompanhando o escândalo que envolve Dominique Strauss-Kahn, ex-diretor-gerente do FMI e que, até então, era o principal opositor de Nicolas Sarkozy para as eleições presidenciais de 2012 na França. Uns dizem que Sarkozy tem muita sorte; outros, que a outra alternativa pode ser pior: a saber, o ultradireitista Jean-Marie Le Pen.
Enquanto isso, especula-se sobre a já quase comprovada gravidez da primeira-dama francesa Carla Bruni. Há quem brinque e diga que o bebê será feliz se herdar a beleza da mãe e a sorte do pai. Outros fazem piada política mais grave, dizem que Sarkozy se reproduzindo é um perigo para a humanidade. Leio, ouço e acho graça desses comentários, e faço o meu, que alguém já deve ter visto no Facebook: vamos lembrar que, apesar de ser metade Nicolas Sarkozy, esse bebê também é metade Carla Bruni.
Nem preciso, depois dessa observação, dizer que sou grande admiradora da modelo que virou cantora, que depois virou primeira-dama e, mesmo quando seu marido sair do cargo, jamais deve perder seu brilho.
Em 2007, quando eu estudava francês, uma professora levou para a aula a canção “Quelqu’un m’a dit” (Alguém me disse), interpretada por Carla Bruni. Um colega mais velho que o resto da turma contou, na ocasião, a história dela, uma italiana que havia começado a carreira como modelo e depois seguiu como cantora, muito boa, por sinal. Logo fui procurar outras músicas gravadas por ela e gostei muito de todas.
Contudo, foi só depois que ela se tornou primeira-dama que fui saber mais sobre sua trajetória. Fofocas sobre artistas não são um assunto que desperte muito meu interesse, mas, quando só se fala em uma determinada figura, é óbvio que algumas informações entram por osmose. E foi assim que eu me vi inspirada aquela mulher linda, mas com conteúdo; mulher intensa, que fez o que quis com a própria vida, ganhou o ódio de muitos (e muitas) e a admiração de tantos outros; que passou anos sendo enganada na própria família e conseguiu se adaptar bem à verdade. Carla Bruni me inspira porque, apesar de todo o glamour que sempre a cercou, transmite a imagem de ser de carne e osso, não um ser num pedestal inatingível.
Alguém me disse, recentemente, que eu deveria me inspirar nas princesas de verdade (creio que a observação surgiu a partir do recente casamento real inglês). Por que deveria, quando existe Carla Bruni no mundo?
E quando dizem que nossas vidas não valem grande coisa, que passam num instante, assim como murcham as rosas (On me dit que nos vies ne valent pas grand chose/Elles passent en un instant comme fanent les roses), posso dizer que valem, sim, e muito! Estamos aqui para lutar e conquistar tudo o que desejamos, viver nossos desejos com a intensidade que lhes for devida, e não para acreditar que somos insignificantes, que nossas condições nos oprimem ou que os outros irão nos julgar mal, como tantas vezes alguém me disse.

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