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segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Na nossa língua, please!

Boa tarde, queridos!
Hoje, segunda-feira, dia de leseira, aqui estou novamente. Pensei em escrever sobre algo que todo mundo conhece: pessoas que fazem do conhecimento de línguas estrangeiras um elemento de pedantismo. Digo elemento porque não é a língua, em si, que faz com que a pessoa seja pedante, e sim o pedantismo que faz com que ela abuse do uso de termos estrangeiros, muitas vezes sem necessidade, só para mostrar a todo mundo que sabe outro idioma (e muitas vezes, em ambientes onde a maioria, se não todas as pessoas, conhecem muito bem tal língua).
Sempre gostei de inglês, desde criança, e sempre me esforcei para praticar no dia a dia. Quando eu era adolescente, gostava de misturar palavras em inglês nas minhas falas. Muito disso decorria, também, da influência de programas de TV e das músicas que eu ouvia de artistas americanos e de outros países anglófonos. Porém, como destaquei no início do parágrafo, isso foi quando eu era adolescente, e  bem jovem, lá pelos 13, 14 anos, até os 15, talvez. Depois disso, passou, perdeu a graça, ficou ridículo. Para a vida adulta só trouxe o What!? aplicável a situações surpreendentes, que quem me segue no Twitter (@ruivaterrible) já conhece muito bem.
Infelizmente, nem todo mundo sai do colégio e vira adulto. É claro que essa não é uma mudança rígida, cada um tem seu tempo particular de evolução, mas espera-se que o fim dos tempos de escola inaugure nova fase, de mais responsabilidades e comportamento condizente com elas, na vida de cada pessoa. Dado que o tempo evolução é variável para cada um, há pouco tempo me surpreendi ao conhecer mulheres formadas, pós-graduadas, ocupando cargos importantes em instituições de renome, se referindo aos namorados (delas e das outras) como boyfriend, às amigas como "minha best", e por aí vai (esses são os exemplos que eu lembrei agora, mas asseguro que existem outros igualmente horrorosos). Entenderia que minhas duas irmãs, uma de 11 anos e outra de 14, utilizassem esses termos nas suas conversas, mas estou falando de mulheres de 20 e poucos anos, ou 20 e muitos, quase 30, mais de 30, quase 40...
E tem também o clássico caso daquela pessoa que frisa os termos estrangeiros que não têm tradução, como se ninguém mais soubesse disso. Já vi quem fazia questão de enfatizar que tal aparelho era bivolt, que tinha assistido a um filme em IMax, carregando no sotaque só para mostrar que sabia a entonação certa. Será que passou por grande conhecedora da língua inglesa? Sem julgamentos, mas com algum conhecimento de caso, ouso dizer que isso é coisa de pseudo-intelectual fazendo força para aparecer e escondendo falhas de conteúdo.
Não vejo mal nenhum em adquirir conhecimento e dividi-lo com os outros, desde que com uma boa dose de noção, é claro, ou então vamos querer ensinar mecânica quântica a crianças de 3 anos! Saber outro idioma, ou mais de um, é ótimo, mas, na hora de falar na língua materna, falemos só nela, please!

2 comentários:

  1. Ao ler seu texto redescobri o q é pseudo-intelectual e quebra o q é troll. Acho q sou o segundo. Qto ao primeiro, eu quase sou, exceto por eu gostar de contar vantagem sobre o q faça e sou, mas ñ sou ou finjo ser. os pseudo-intelectuais tb gostam de coisas q ñ entendem mas agem como se entendessem. Ufa! q bom q ñ sou um. Sou um troll em nível bem primário, mas já estou lutando pra ñ evoluir e regredir deste nível.
    Sua observação sobre a vida exposta aki foi de incrível auto-ajuda pra mim. Vlw mesmo.

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  2. Auto-ajuda? Interessante. Está aí um segmento no qual eu nunca pensei em me aventurar. Tenho um primo que diz que se nada der certo na vida dele, ele vai virar escritor de auto-ajuda, pois assim já se garante na parte financeira. Mas, que bom que vc gostou do texto. Divulgue para mais pessoas, e eu espero colocar mais conteúdo nesse blog durante o fim de semana.

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