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domingo, 9 de janeiro de 2011

Sobre os parênteses

Ontem fiz minha primeira postagem aqui. Divulguei entre poucos amigos que apareceram online no MSN à hora em que a página entrou no ar, e foi o comentário postado por um deles que inspirou o que vou postar agora.
Escrevi que nas minhas postagens serão encontrados muitos parênteses, e Marcos Davi achou interessante, pois nunca tinha visto ninguém fazer uso de tal expressão. Eu tbm confesso que nunca vi, os "muitos parênteses" surigram na minha cabeça no momento da redação e creio que devo explicá-los, uma vez que sua presença constante no meu texto cumpre extamente essa função: a de explicar ou acrescentar observações como quebras do pensamento linear.
 Lembro do meu primeiro período na faculdade, no já distante ano de 2005, quando fizemos a primeira prova da aterrorizante disciplina Metodologia da História I (para quem não sabe, eu fiz faculdade de História). Ao entregar a prova de um aluno que sempre se destacou pela incrível capacidade de trabalhar com as palavras, minha professora, também uma figura muito temida nos corredores do Instituto de Filosofia e Ciências Sociais (o famoso IFCS, da UFRJ), destacou que, apesar da nota 9.0, perfeitamente atribuível ao texto daquele aluno, a escrita dele era muito "barrococó" (mistura de barroco com rococó, óbvio!). O comentário não parou ali, ela disse que a quantidade de cortes que ele fazia no texto para explicar seu raciocínio era surpreendente. E para interromper seu raciocínio e explicar o que queria dizer ele usava... parênteses! Sim, senhores, parênteses como esses que eu já usei três vezes só nessa postagem.
Quando escrevemos, nem sempre somos tão claros quanto deveríamos (e isso me lembra outra situação dos meus tempos de faculdade, mas eu não vou relatá-la aqui para não parecer nostálgica). Às vezes a falta de clareza é intencional, mas, outras vezes, queremos compartilhar explicações ou pensamentos que ocorrem de maneira súbita. E aí, queridos, os parênteses são uma arma poderosíssima.
Despeço-me dizendo: escrevam muito, escrevam tudo (de preferência, escrevam certo, pelo amor de Deus!), compartilhem seus pensamentos e suas experiências e, principalmente, usem e abusem dos parênteses, como eu fz cinco vezes nessa postagem.
Boa semana a todos!

3 comentários:

  1. Esse teu texto foi ótimo. Realmente vc tem talento pra ser uma Paulo Coelho de saia. Piada tosca a minha, eu sei. Eu tb sou um homem de mtos parentêses. Meus textos tb sempre possuem dezenas de centenas deles. Mas às vezes tenho q usar o famoso travessão ou as vírgulas das orações subordinadas adjetivas explicativas. Não gosto mto das vírgulas (pelo menos em grandes quebras) pq o texto parece linear e cansativo visualmente, o q faz com q o leitor e até o próprio autor (no caso, eu) se percam. Eu faço igualzinho, e põe INHO nisso a vc: uso os "( )" para explicações, observações e mudança de foco narrativo.
    Eu tinha até esquecido de comentar no primeiro post q eu quero q vc cite meu nome nos seus textos, mas nem precisei disso pq vc tem ótima leitura de pensamentos. RS.

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  2. Ah! E me lembrei q agora tem aquela nova tendência q é escrever riscado. No início eu odiava, afinal vindo da web word widw (www) só podia ser alguma porcaria q feriria a língua portuguesa, mas agora eu amo. Te convido a utilizar essa técnica em algum post. Inafortunadamente Yo no sei como se faz.

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  3. Pois é, Marcos, citei vc, sim, afinal, foi o seu comentário que inspirou esse segundo post. E quanto a ser Paulo Coelho de saia, sem preconceitos. Não tenho tanto conhecimento da obra dele para dizer se ele escreve mal ou não, só li dois livros, e lá dos primeiros ("Brida" e "O Alquimista"), mas adoraria igualar os zeros da minha conta bancária aos da dele. Que tal?

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